Passada que foi a tempestade em torno da Universidade Independente onde foi pública, visível e notória a tensão, a irritação, o agastamento e o incómodo de José Sócrates a propósito das suas habilitações (ainda não cabalmente esclarecidas, assim como o modus operandi para as obter, assim como o papel das diversas figuras no processo), eis que o querido primeiro-ministro regressa à ribalta em todo o seu esplender. Sorriso Pepsodent e o mesmo estilo de cara composta para a ocasião x. A velhacaria, a mentira, a distorção continuam intactas!
A propósito da questão das nomeações levantada pelo Tibunal de Contas, diz candidamente Sócrates: “Fico satisfeito por o Tribunal de Contas reconhecer que apenas 53 dessas 148 nomeações foram feitas com a minha assinatura.". Ora, o Tribunal de Contas não tece qualquer tipo de comentário, nem correcção aos números inicialmente avançados na revisão do relatório que incendiou a polémica. Mais uma vez o nosso querido primeiro não perde o hábito de MENTIR.
Mas o desplante não se fica por aqui. Dá-se ao cuidado de dizer que o Tribunal de Contas "reconheceu que, seja quem for que tenha cometido o erro, o relatório continha um erro”. Mas o tipo não se enxerga? A culpa é sempre dos outros? SERÁ QUE NÃO PERCEBE PORTUGUÊS????
O que o Tribunal de Contas disse foi que “se erro material houver ele só pode ser imputado aos serviços da actual presidência do Conselho de Ministros, autora da prova documental fornecida”.
MAIS UMA VEZ A CULPA É SEMPRE DOS OUTROS. É a táctica habitual!
O erro, a existir, como se pode ver não está no relatório mas nos dados que lhe deram origem. E esses dados foram fornecidos pelos queridos homens do spin do nosso querido primeiro! Aliás como bem acentuou o Tribunal de Contas: o Governo forneceu novos documentos que “apresentam alterações profundas” em relação aos inicialmente entregues, mas sustenta que só poderá alterar as suas conclusões “sem a realização de uma nova auditoria”.
Será possível que os ditos comentadores e "fazedores de opinião" não vejam estas contradições gritantes? Não vejam que este nosso querido primeiro foge à verdade "como o Diabo da cruz"? É isto um exemplo de carácter, lisura, honestidade, sinceridade?
Enfim e para os mais distraídos fica uma breve resenha do relatório do Tribunal de Contas sobre os gastos dos gabinetes ministeriais:
Entre 2003 e 2005 (período que abrangia os Governos liderados por Durão Barroso, Santana Lopes e o actual), publicado a 30 de Março, o TC adiantava que José Sócrates tinha feito 148 nomeações para o seu gabinete.Nos três anos em causa, a auditoria criticava a “opacidade de múltiplos despachos de recrutamento do pessoal dos gabinetes”, a ausência de critério de selecção, a discricionariedade das remunerações e ainda transferências financeiras sem justificação para outras entidades.
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