24 janeiro, 2008

Parabéns...

Atrasados ao António Balbino Caldeira por mais uma vitória contra a socretinice vigente....

Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008
Arquivado o inquérito da queixa de José Sócrates contra mim
Foi arquivado o Inquérito n.º 28/07.0TELSB relativo à queixa intentada pelo cidadão José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e primeiro ministro enquanto tal contra mim, António Balbino Caldeira, conforme despacho da senhora procuradora-geral adjunta dra. Maria Cândida Almeida (directora da DCIAP) e da senhora procuradora-adjunta dra. Carla Dias, datado de 18-1-2008 e que há pouco recebi.O motivo da "queixa do cidadão José Sócrates e primeiro-ministro enquanto tal", que finalmente posso revelar, foi a minha referência ao "centro governamental de comando e controlo dos media" no post "Rasganço domingueiro" em 7-4-2007 (e à "força de encobrimento e contra-informação do centro de comando e controlo do Gabinete do Primeiro-Ministro" no post "Páscoa da Cidadania", ainda de 7-4-2007) e a questão do MBA curso/grau.O Ministério Público arquivou e mandou notificar o cidadão José Sócrates e primeiro-ministro para deduzir, se o entendesse, no prazo indicado, acusação particular. José Sócrates não deduziu acusação particular contra mim e o Ministério Público determinou o arquivamento dos autos.
Agradeço, neste momento, ao meu excelentíssimo advogado, Dr. José Maria Martins, a sua defesa intransigente, fruto da sua competência, desassombro e tenacidade, que resultou em mais este veredicto, a solidariedade da comunidade íntima dos comentadores e leitores deste blogue, dos irmãos blogueiros que conquistam, pelo risco da palavra, em cada hora, a democracia e a liberdade de expressão colectiva e individual - em especial aqueles que sofreram acusações e perseguições pelo que escrevem -, bem como à minha família, alunos, colegas, conterrâneos e tantos portugueses, e estrangeiros, que se solidarizaram comigo nestes dias críticos para a cidadania lusitana. Deus os abençoe!

16 janeiro, 2008

Gostei desta...

Palavra de honra que gostei deste escrito do Vaco Graça Moura no Diário de Notícias de hoje. Nem sempre fui muito "à bola" com os textos dele, mas ultimamente a coisa tem apontado para uma certa sintonia de posições...

MÁSCARAS E SERVIÇO PÚBLICO
Vasco Graça Moura
escritor

Palavra de honra que eu não fazia tenções de, tão cedo, voltar a falar da ASAE. Mas as notícias emocionantes do último fim- -de-semana funcionaram como catalisador e espevitaram brilhantemente o meu zelo cívico.
Já aqui há tempos o respeitável inspector- Geral da ASAE tinha dito, no Expresso da Meia-Noite, que alguns agentes do seu serviço surgem de carapuça nas feiras porque poderia ser desagradável para eles, que por vezes são vizinhos de gente ligada aos feirantes, serem reconhecidos na vida de todos os dias.
Esta forma de assegurar um bom ambiente convivial de vizinhança e a informação sobre o treino do pessoal da ASAE com serviços secretos e polícias estrangeiras é que produziram em mim o déclic triunfal. Eis a solução para muitos problemas!
Pensei logo nos professores. Se receberem treino de manejo de armas e de explosivos, operações de comandos, pantominas de assalto e circulação de capuz negro, não apenas ficam ao abrigo da deterioração eventual das suas relações de vizinhança e proximidade, como podem cumprir muito mais eficaz e corajosamente a sua insubstituível missão.
Os professores têm sido vítimas das mais inqualificáveis violências, quer da parte de alunos, quer da parte dos pais deles. Pois bem, se tiverem preparação militar, aprenderem a manejar uma pistola de guerra ou uma bazuca e se apresentarem nas escolas de cabeça coberta e com uniforme acolchoado correspondente, as vantagens saltam aos olhos:
Primeiro, sentirão as orelhas e o nariz muito mais agasalhados, o que não é despiciendo atentas as inóspitas condições de alguns estabelecimentos de ensino. Segundo, não podem ser reconhecidos, o que facilita as substituições, por exemplo, quando o professor de Matemática falta e a aula de Matemática é dada pelo de Educação Física, com óbvia solução de muitos problemas de gestão de pessoal. Sem contar que ficam ao abrigo das agressões intempestivas dos encarregados da educação. Quando um aluno é castigado, tem más notas ou chumba sem apelo nem agravo, como é que eles vão saber de que professor se trata? Como é que hão-de ir à escola tirar-lhe satisfações, insultá-lo, partir-lhe a cara, ou mesmo fazer-lhe uma espera traiçoeira, pelo lusco-fusco, à porta de casa? Terceiro, com esse musculado adestramento, os professores podem manter o respeito e a disciplina muito mais facilmente. Não só pela razão saudável de que os alunos ficarão deveras acagaçados ante uma figura mascarada que lhes explica que não foi o Marquês de Pombal quem descobriu o caminho marítimo para a Índia ou tenta dar-lhes a perceber que o nome predicativo do sujeito não é um disjuntor, mas ainda porque é muito mais difícil, se não de todo impossível, ajustarem contas com o docente cá fora.
E, quanto aos incidentes ocorridos no próprio espaço da aula, os resultados serão igualmente positivos: se o menino Zacarias tentar agredi-lo, ou se o menino Eleutério se lembrar de dar cabo da carteira ou do computador, ou ainda se se puser a tirar macacos do nariz e a beliscar o rabo do menino Teodoro até espirrar sangue, o professor, convertido em atirador especial, pode puxar da Parabellum e acertar na cabeça do menino Zacarias ou do menino Eleutério sem correr o risco de atingir o inocente menino Teodoro ou a omoplata frágil da menina Cátia Vanessa.
Depois de duas ou três cenas deste género, não pode haver quaisquer dúvidas de que o aproveitamento escolar melhorará exponencialmente e de que todos os professores, mesmo os que prestam serviço nas escolas mais problemáticas, podem viver descansados e sentir-se plenamente realizados na carreira que escolheram.
O mesmo princípio pode ser adoptado noutros serviços de interesse público. Ocorrem-me os revisores da Linha de Sintra, os condutores dos autocarros nocturnos e muitos outros.
Tudo o que é preciso é que passe a haver regulamentos que tornem isto possível. Depois, não terão sido os professores quem fez os regulamentos, tal como acontece com a ASAE que se limita a cumpri-los. E finalmente viveremos numa democracia digna desse nome e da actuação mascarada de quantos lhe prestam serviço.

04 janeiro, 2008

Que não passe esquecida!

Mais um caso lamentável deste pretenso, dito cujo, Socialismo de rosto humano como tanto gosta de ser assim apresentado.
É a vergonha descarada!
Repulsa!!!
Asco!!!
Nojo!!
Por esta gente pequenina que nos desgoverna!
Passem a mensagem a todos!
Quem trata assim as pessoas não merece ser governo; nem de um galinheiro quanto mais de um país!!

Associação lamenta morte de professora com cancro que trabalhou até Dezembro
4 de Janeiro de 2008, 18:01


Viseu, 04 Jan (Lusa) - A Associação Sindical de Professores Pró-Ordem lamentou hoje que uma docente que sofria de cancro do pulmão tenha morrido sem que lhe fosse reduzida a componente lectiva e apelou ao Ministério da Educação que altere a legislação em causa.
Este caso vem reacender a polémica que levantou no Verão passado a morte de uma professora de Aveiro com leucemia e de um docente de Braga com cancro na traqueia, que trabalharam nas respectivas escolas praticamente até à data da morte, depois de lhes serem negados por juntas médicas os respectivos pedidos de aposentação.
Maria Cândida Ferreira Pereira, professora de Educação Visual e Tecnológica na Escola Básica 2/3 Ana de Castro Osório, em Mangualde, morreu quinta-feira à tarde, vítima de cancro do pulmão.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Pró-Ordem, Filipe Correia do Paulo, criticou a legislação actual, que considera "uma violência" e uma "desumanidade" para com os professores que sofrem de doenças graves.
"Com a legislação anterior, mediante requerimento e prova médica, por questões de humanidade, o Ministério autorizava a redução total ou parcial da componente lectiva", explicou.
Desta forma, os professores poderiam ficar com "tarefas mais leves" do que ter uma turma à sua responsabilidade, como estar numa biblioteca.
"Com as alterações introduzidas pela nova legislação dos professores, nem vale a pena fazer o pedido, porque não está prevista a redução da componente lectiva", acrescentou.
Filipe Correia do Paulo disse que a Pró-Ordem se sente "revoltada com esta legislação que foi imposta" e apela ao Ministério da Educação que reconsidere, porque está em causa "uma questão de humanidade".
Também o presidente do conselho executivo da Escola Básica 2/3 Ana de Castro Osório, João Carlos Alves, disse à Lusa discordar desta legislação, considerando que "a lei quando é feita num Estado de direito e democrático, tem que estar ao lado das pessoas que o dignificam".
Como a escola é obrigada a seguir a lei, restava apenas "a solidariedade dos colegas", que nas reuniões procuravam aligeirar as tarefas de Maria Cândida, referiu.
João Carlos Alves disse que Maria Cândida "era uma pessoa com uma grande força de vontade", que esteve na escola pela última vez na altura das reuniões das avaliações de Natal.
Segundo o responsável, a professora pertencia a Midões (Coimbra), mas estava destacada em Mangualde pelo terceiro ano, "porque tinha pedido aproximação à residência por motivos de saúde".
O funeral está marcado para as 10:30 de sábado, na igreja de Santa Cruz, em Gouveia. Maria Cândida, nascida a 01 de Agosto de 1960, deixa duas filhas menores, de 12 e 14 anos.
AMF.
Lusa/fim