Com este governo o país tem sido inundado por uma série de medidas que partem invariavelmente de uma qualquer comissão mandatada pelo governo para estudar um qualquer problema. É a comissão do livro branco para a revisão do código do trabalho; a comissão para a revisão da segurança social; a comissão para a revisão do ensino superior; a comissão para o estudo do novo aeroporto; resumindo, a comissão para o sei lá o quê.
Mas a coisa não será bem assim. Isto é, as comissões existem de facto, estudam efectivamente um problema, mas nenhum daqueles problemas que nos são ditos.
Traduzindo um pouco melhor o modus operandi da coisa. O governo (ou um ministro) toma uma determinada decisão (rever o código do trabalho, ou reformar o ensino superior, etc...); define os objectivos a alcançar em x tempo. E de seguida nomeia uma comissão que recebe como tarefa a seguinte missão: hoje temos esta situação e este quadro. Daqui a x tempo queremos ter estoutra situação e estoutro quadro. Como se pode lá chegar?.
A verdadeira tarefa destas comissões é, na verdade, encontrar justificações técnicas e políticas para alcançar o almejado target. (perdoem, mas fica bem em inglês técnico). Resumindo, as comissões não estudam o problema (se é que ele existe) nem propõem soluções, limitando-se a justificar a decisão política, traduzindo, o governo (ou o ministro) à posteriori justifica-se políticamente com o "estudo" da dita cuja comissão. É a pescadinha de rabo na boca...
Fiquem com um excerto de um texto de Baptista Bastos de hoje no Jornal de Negócios. O artigo completo está no link em cima.
O Governo, que nos desrespeita e nos desconsidera, não merece nenhum respeito nem o mínimo resquício de consideração.
Insisto neste tema porque outro não há que corresponda às urgências e às necessidades actuais. Eles encerram escolas, hospitais, maternidades, serviços intermédios de assistência; acabam com consulados, manifestando o mais solene dos desprezos pelos nossos emigrantes; cercam a Imprensa, perseguem quem os contradiz (sei muito bem do que falo, Dilectos); não explicam, não esclarecem, nada dizem, fazem o que lhes dá na veneta, respaldados na maioria absoluta e num grupo de deputados "sim, senhores ministros", cujo servilismo atinge as fronteiras da bajulação.
Insisto neste tema porque outro não há que corresponda às urgências e às necessidades actuais. Eles encerram escolas, hospitais, maternidades, serviços intermédios de assistência; acabam com consulados, manifestando o mais solene dos desprezos pelos nossos emigrantes; cercam a Imprensa, perseguem quem os contradiz (sei muito bem do que falo, Dilectos); não explicam, não esclarecem, nada dizem, fazem o que lhes dá na veneta, respaldados na maioria absoluta e num grupo de deputados "sim, senhores ministros", cujo servilismo atinge as fronteiras da bajulação.
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