A procuradora-geral adjunta, Maria José Morgado, recusou ontem considerar a alegada falta de meios na investigação como uma das principais dificuldades no combate à corrupção. Morgado falava no decorrer de um colóquio sobre as ameaças da corrupção à democracia, na AR, em que participou, entre outros, o juiz Baltazar Garzón.
O Conselho Superior do Ministério Público pronunciou-se contra a nova lei da política criminal proposta pelo Governo. O número de crimes de investigação prioritária é uma das principais reservas dos magistrados.
O número e o calendário do encerramento nocturno dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) dos centros de saúde ainda não estão definidos, adiantou ontem o Ministério da Saúde, pois o fecho só se efectivará quando existirem alternativas. O total de SAP que atendem menos de dez doentes por noite - um dos critérios considerados na requalificação - ascende a mais de sete dezenas e, destes, 16 já fecharam.
A primeira página do Público de 27 de Março de 2007, numa feliz conjugação de títulos, atinge o alvo, em cheio, de forma certamente involuntária.O primeiro título respeita aos gestores públicos, engendrados por esta democracia de há uma dúzia de anos a esta parte. A notícia de que um gestor anódino da GALP, ao fim de um ano e de ter ganho com a saída, cerca de quinhentos mil euros de indemnização, ter passado para a REN, para ganhar balúrdios, acerta no coração dos pobres de espírito que não compreendem os critérios governamentais que presidiram a estas regras de generosidade sem paralelo, na decência de um país pobretanas e na cauda da Europa. Os portugueses em geral, não compreendem, não aceitam e acham escandaloso que tal aconteça. E tal acontece, devido a uma simples palavra mágica que todos entendem: corrupção. Não a do código Penal, mas a outra mais simples, a moral. O senso comum, no entanto, não a distingue da outra, aquela que vem escarrapachada no segundo título: “Assembleia discute corrupção-Ministério Público contra lei da política criminal”.Este título lembra-nos que foi na Assembleia que se derrotou a proposta de Cravinho, por ser disparate e até “asneira” e lembra-nos também dos inquéritos parlamentares a casos singulares que dão aquilo que as maiorias querem que dêem. Lembra-nos ainda a ética que existe na Comissão de Ética e outros fenómenos que os portugueses conhecem. Por causa de asneiras, repetidas e recalcitradas, o público que votou na figura do melhor português de sempre, escolheu Salazar!
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