17 dezembro, 2008

Vendilhões do Templo

Vendam Sócrates, vendam Cavaco, vendam a Assembleia, vendam tudo...
É o que este governo sabe fazer. Não há valores, não há respeito, não há ética nem moral que lhes valha... E não é só naquilo que ao património diz respeito.... Que vendam também as mães deles...
Se o MAL existe, estes mamíferos são a sua verdadeira personificação.
Para não variar, e mais uma vez, Manuel António Pina:

17 Dezembro 2008

Vendilhões do Templo

Com os encargos de todas as obras públicas anunciadas, boa parte do nosso futuro está hipotecada; pelo presente já ninguém dá nada; resta o passado. Não se estranhará, pois, que o Governo prepare um novo regime para o património histórico e cultural que abre portas à venda mais ou menos indiscriminada de monumentos históricos. "O mote é alienar", denunciam, alarmadas, as associações de defesa do património.
Se a coisa, congeminada no Ministério das Finanças, for avante, depois do Forte de Peniche transformado em pousada, veremos um dia destes uma loja Ikea na Torre de Belém e um hotel de charme no Mosteiro de Alcobaça (e porque não no da Batalha?); Rui Rio poderá, finalmente, vender a Torre dos Clérigos em "time-sharing"; e António Costa, em Lisboa, fazer dos Jerónimos um centro comercial. Governados por mercadores sem memória e sem outra cultura que não a do dinheiro, faltava-nos ver a nossa própria História à venda. Em breve, nem Cristo (quanto mais nós) terá poderes para expulsar os vendilhões do Templo porque eles já terão comprado o Templo e já lhe terão dado ordem de expulsão a Ele.

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