13 outubro, 2008

Um dos objectivos do ME

As declarações de uma professora recém-aposentada. (Pode ser vista na íntegra no link acima para o Jornal de Notícias). Deixo a parte final que revela um dos grandes objectivos já enunciados na "agenda oculta...". Diz esta:
Um exemplo delas é o constante ataque à classe, desmoralizando-a, desvalorizando-a à face da opinião pública (a célebre frase – “perdi os pro­fessores, ganhei a opinião pública” – vinda de uma dita socióloga que quer fazer reformas é paradigmática), infernizando-lhe a vida com burocracia e mais burocracia, querendo-lhe impor uma avaliação e um estatuto infames e mons­truosos, numa palavra fazendo-lhes a vida negra. Há que quebrar a “classe pri­vilegiada” que é a dos professores; nem que para tal se tenha de usar “querra” psicológica. E depois abrem uma porta para a saída – a reforma com 33 anos de serviço e 61 de idade… São, obviamente, os mais velhos e consequente­mente os mais caros que irão sair, desmotivados, fartos e cansados do enxo­valho psicológico, profissional e social a que foram sujeitos. São também os mais reivindicativos, aqueles que melhor conhecem o sistema e as suas falhas, aqueles que mais se opõem a esta degradação da escola e a esta pseudo-qualidade de ensino que assim são “democraticamente empurrados” para fora do sistema.

A professora recém-aposentada declara o seguinte:

Reformada há um mês, a professora não tem remorsos da decisão. "Sinto-me satisfeita e leve, dediquei muito à minha profissão, acho que fiz a minha parte e consegui deixar a minha semente em alguns alunos." Agora, vai passear, fazer desporto e começar a estudar arte. No entanto, não deixa de pensar que "a ministra vai ter a tarefa facilitada porque a maior parte dos novos professores são uma massa tenra, muito maleável e estão em condições precárias. A minha geração era mais difícil de domesticar".

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