30 setembro, 2008

Precisa-se de resposta....

Muita tinta tem corrido em torno do "Magalhães". Propaganda, utilidade, pedagógico ou anti-tal, negócios escondidos, contornos pouco claros, publicidade enganosa, etc., etc., etc.
Eu, na minha modesta ignorância, limito-me apenas a fazer uma pergunta. Uma só! Simples, singela e clara como a água pura e cristalina:
Para o próximo ano lectivo também vão ser "distribuídos" "Magalhães"?
Se não forem isso significa que apenas esta geração de felizes contemplados tem direito à literacia tecnológica e informacional!
Se forem, significa que se vão gastar anualmente cerca de 200 milhões de euros nesta acção?
Quem souber que responda...

29 setembro, 2008

O Estado Providência...

Incisivo, como sempre, M. António Pina levanta aqui uma pontinha do véu sobre o famoso e generoso contributo do governo Bush de 700 mil milhões de dólares para "salvar o mercado" do seu afundamento e consequente catástrofe generalizada. Parece que afinal de contas o mercado não se regula assim tão bem...
E continuamos com aquilo que alguém, bastante antes de Mário Soares, disse que é o capitalismo actual, em particular este neo-liberal: "privatizem-se os lucros, socializam-se os prejuízos!" Nestas condições até eu serei um excelente gestor com direito a chorudas gratificações.
Mas há algo mais por detrás destes 700 mil milhões e que creio que a maior parte do pessoal não vê (e outros não querem ver, sabe-se lá porquê). E é aqui que M. António Pina entra, ao expor o negócio que se esconde com tão grande generosidade. É de crer que, sendo aprovado o dito cujo avanço dos 700 mil milhões, no final quem pagará a crise serão sempre os mesmos. E os causadores dela sairão, certamente, incólumes e salvaguardados. (No texto original sublinhei o que me parece significativo).

29 Setembro 2008

'Auto-regulação', dizem eles


Os fiéis do Deus-mercado parecem ter descoberto de repente as virtudes do Estado Social, devidamente adaptado aos valores da religião do lucro a qualquer preço, e que, em vez de apoiar os pobres, subsidia os ricos. Já tem um Papa. Chama-se Henry Paulson e cabe-lhe a duvidosa glória de ser um dos inventores do capitalismo de casino que agora bateu no fundo provocando a crise financeira que abala a Terra Prometida e arredores.
Depois de 30 anos de especulador na Wall Street, Paulson chegou a secretário do Tesouro e é dele a feliz ideia de pagar com 700 mil milhões dos contribuintes as dívidas e "activos tóxicos" acumulados por empresas falidas, acrescidos de "compensações" milionárias aos gestores que as levaram à falência, assim salvando fortunas como a sua, calculada em 500 milhões de dólares, a maior parte em acções da também falida Goldman Sachs. No Estado Providência neoliberal, quem paga quer as crises quer as soluções das crises do mercado são sempre os contribuintes. Lá como cá, chamam eles a isso (meter os lucros ao bolso e cobrar ao Estado as perdas) "auto-regulação" do mercado.
Manuel António Pina

22 setembro, 2008

E depois não digam que não foram avisados

Um pequeno texto de Fernando Sobral que, não sendo exaustivo nem profundo, toca num dos pontos fundamentais dos erros crassos da deriva neoliberal governativa e, particularmente, na acção mais destruidora de sempre de um Ministério da Educação - sob o manto diáfano da formação de cidadãos úteis à sociedade (leia-se mundo do trabalho) estão a destruir-se pessoas - leia-se seres pensantes.


Fernando Sobral (in Jornal de Negócios, 22/09/08)
Educação económica

A lei da oferta e da procura permite estabelecer a relação entre a quantidade de algo que é oferecido e a demanda que dele existe. Sentindo-se iluminados, sucessivos Governos (e com mais militância socialista, este) têm aplicado os princípios da economia de mercado à educação. O resultado é catastrófico. Como no caso do Lehman Brothers, não é já que vamos pagar a factura das más políticas de educação.

A conta chegará mais tarde. O Governo, alimentado por essa máquina que está a destruir a escola, chamada Ministério da Educação, começou por fechar escolas onde, por razões de oferta e procura, havia poucos alunos. Depois, fez das estatísticas de sucesso a base da regulação do sector da educação. A metáfora do mercado aplicou-se, depois, aos currículos e aos exames: determinando o que é ensinado, como é ensinado e onde e como é ensinado. Tudo em nome da "liberdade de escolha". Enquanto a direita propunha uma escola com disciplina e autoridade, a esquerda preferiu a escolha e a competição. Não contente, o Governo, na sua via para o socialismo educacional, vai afogando disciplinas por falta de alunos: ontem, a filosofia e o latim, hoje, a química. No fundo, em nome das leis da oferta e da procura, o Governo está a matar a capacidade de questionar dos alunos. Isto é, está a acabar-se com a oferta, com a desculpa da procura. Um dia, o país vai necessitar de se questionar. E não vai haver ninguém preparado para fazer perguntas. Só existirão pessoas capazes de debitar respostas que vêm no Magalhães.

19 setembro, 2008

Em Portugal o crime compensa!

Sinceramente, nem me apetece comentar. Apenas pergunto? Num caso destes os ganhos ilícitos vão ficar na posse dos prevaricadores mesmo depois de pagarem a dita cuja multa?
É absolutamente imoral. A multa devia era ser de igual valor, acrescida de n%. Agora percebe-se cada vez melhor porque é que o Partido Socialista não quis o projecto Cravinho contra a corrupção e os ganhos ilícitos!!! Anda muita gente a "mamar" à grande e à francesa!

Do Jornal de negócios de hoje (19/09/2008):


Dezenas de escolas e hospitais pagaram dinheiro a mais por refeições durante 10 anos. Os lucros ilícitos atingiram 172 milhões. Concurso do Casino Estoril pôs fim ao pacto. Ex-gestor denunciou cartel. Para directores, “era normal”. Leia a investigação, que revela os nomes, actos, pactos do Cartel da Cantina. ...[O Jornal de Negócios] teve acesso à acusação entregue pela Autoridade da Concorrência, que encontrou indícios nas buscas realizadas nas empresas.
A haver condenação, este é o maior cartel de sempre apanhado pela Autoridade da Concorrência. Os ganhos ilícitos avaliados para as sete fornecedoras de refeições ao Estado são quatro vezes e meia a multa que arriscam pagar.

18 setembro, 2008

Para onde vão as escolas?

Do discurso da ministra da Educação no acto de transferência para algumas autarquias das responsabilidades sobre as escolas básicas (até ao 9º ano) destaco, no meio da palha daquele discurso pseudo-político, a seguinte passagem reveladora da orientação que se seguirá no capítulo da educação e futuro das escolas:

"O Ministério da Educação mantém hoje as funções gerais de regulação, avaliação e controlo do sistema educativo, bem como de afectação dos professores e dos recursos financeiros para o funcionamento corrente das escolas.
Podemos, no entanto, imaginar facilmente um futuro em que o Ministério da Educação terá apenas funções de regulação do serviço público de Educação."
Se as básicas vão para as Câmaras Municipais, para onde vão as secundárias??
E o que vai acontecer aos professores?

Um doce a quem adivinhar!
Quem tiver pachorra para ler o discurso todo tem o link no título desta posta!

14 setembro, 2008

Não perdem uma...

A propaganda socretina não deixa escapar uma oportunidade para fazer brilhar a pandilha!
Desta vez é o DN que, pela mão de Pedro Sousa Tavares, se presta ao frete - aliás como de costume tantas e tantas vezes. Dizem propósito das colocações em Medicina:
Média da Medicina desceu
Acesso. A média dos últimos colocados em Medicina, nos sete cursos do continente, baixou este ano para 18,18 valores, o que não significou maiores facilidades.
(http://dn.sapo.pt/2008/09/14/sociedade/media_medicina_desceu.html)
Já o Portugal Diário destaca outra realidade distinta:
Medicina: notas voltaram a subir
As notas de acesso aos cursos de Medicina voltaram a subir este ano. Em 2007, alunos com média de 177,5 ainda conseguiram colocação, enquanto que este ano, o aluno com nota mais baixa a conseguir entrar num curso de medicina tinha nota de 179.
(http://diario.iol.pt/sociedade/superior-colocacoes-medicina-universidade-estudantes-mctes/990611-4071.html)

O comentário:
Num caso destes em que as entradas estão limitadas por uma fasquia o que mais interessa é o valor com que o último colocado conseguiu passar a dita cuja fasquia. E este valor é de facto o que importa e não as médias globais de todos aqueles que entraram.
Não seria de esperar ourta coisa que uma subida generalizada das notas tendo em conta o regabofe que foram os exames da 1ª fase, particularmente o de Matemática - importante para os alunos de Medicina, e que todos tinham obrigatoriamente de fazer.
A manipulação das estatística continua de forma perfeitamente descabelada. Se não for propaganda a leitura do JN, então revela um enviesamento de leitura, possivelmente enfocada por lentes pouco adequadas à função.

12 setembro, 2008

A ideia americana

Bush autoriza ataques no Paquistão sem informar Islamabad

A ideia que estes palermas fazem do mundo é mesmo esta - o mundo é o nosso quintal onde podemos fazer tudo aquilo que nos apetecer.
Se é assim que tratam os aliados, bem se podem prevenir os inimigos... Perante tais factos, tenho a sensação que neste caso o Irão até tem razão...
Depois... os terroristas são os outros.... ou será que andamos a ser há muito enganados??

09 setembro, 2008

3 em 1

Três assuntos (notícias) e um comentário. Este último é de Manuel António Pina.

Quando são aqueles que deviam fazer cumpir as decisões dos tribunais e se estão positivamente nas tintas para elas, então está tudo dito. Só cumprem as decisões sobre um qualquer maltrapilho. Quando há dinheiro e interesses assobiam para o lado.
http://diario.iol.pt/sociedade/gnr-animal-rodeio-estoi-porto/988943-4071.html

Faz lembrar a Ribeira dos milagres onde o caso/situação se arrasta há anos... Novamente a GNR e restantes autoridades assobiam para o lado...

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Leiria&Concelho=Leiria&Option=Interior&content_id=1010032

Já não é a primeira vez que alguém sai de um tribunal e por falta de transporte próprio ou público agarra o que tem mais à mão:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1010628

A propósito do primeiro caso sugiro a leitura na integra o texto de Manuel António Pina
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina

Cada um que retire as suas conclusões!

06 setembro, 2008

05 setembro, 2008

Trasnferência para as autarquias...

Com que então não vão surgir despedimentos aquando da transferência dos estabelecimentos de ensino até ao 9º ano para as autarquias?
Pois é, e o que é que dizem a isto (a notícia é do JN de 05-09-2008 - link no título):

"Na reunião de anteontem com o Governo, a ANMP apresentou várias dúvidas sobre quem paga os salários do pessoal não-docente e as obras do parque escolar.
Definido o rácio de pessoal não docente de cada escola em função do número de alunos e das salas de aulas, se a Autarquia tiver mais funcionários que o rácio, o Poder Central promete transferir as verbas correspondentes aos salários dos que estão em falta.
Se houver excesso e ficarem, o Governo assegura os salários de todos os que estão a trabalhar. Os dispensados não têm remuneração assegurada."
E quando for a vez dos profs seguirem os restantes funcionários estão à espera de quê?
Segundo a notícia a roda-viva vai começar em Janeiro!

04 setembro, 2008

Afinal como é?

Com os preços do crude a descer nos mercados mundiais há mais de 3 semanas e, após umas ligeiras descidas, a GOLP volta a subir os preços? Parece-me ter ouvido dizer que era por causa do Gustav?
Não será abuso por posição dominante?
Ou será para nos fazer pagar os postos de combustível que comprou à Modelo-Continente?
E ninguém (dos comentadeiros de serviço) diz nada? Uma palavrinha que seja?

04 Setembro 2008 - 01h30
Combustíveis: Galp sobe preço
A gasolina sem chumbo 95 e o gasóleo passaram desde ontem a custar mais um cêntimo nos postos de abastecimento da Galp. Apesar da descida do preço do petróleo, a petrolífera portuguesa decidiu vender a gasolina sem chumbo 95 a 1,47 cêntimos e o gasóleo a 1,32 euros.

O tempo da facilidade acabou

«Muitos gostariam que o Estado contratasse mesmo que não precisasse deles, mas não é essa a nossa visão. O tempo da facilidade acabou», disse José Sócrates.


Pois!!! Fecharam a Independente...
A Moderna parece que vai pelo mesmo caminho....
E agora queixam-se!!!

02 setembro, 2008

O Estado indeminiza...

Paulo Pedroso irá receber 100 000 € de indeminização do estado (todos nós) por prisão ilegal!
Será que vão ser abrangidos também todos os outros?????
Terá efeitos retroactivos????
Irá a Assembleia da República preparar uma lei para impedir MAIS desideratos destes?
Mas também creio que Manuel Alegre meteu a "pata na poça"
http://diario.iol.pt/sociedade/manuel-alegre-casa-pia-paulo-pedroso-ps-indemnizacao/987020-4071.html