15 fevereiro, 2007

Mais uma para a colecção

Ora, segundo o "Correio da Manhã" de hoje (15-02-2007) e citado pelo "Jornal de Negócios" on line encontramo-nos em presença de mais uma escandaleira do arco da velha.

Neste país vale tudo. Mas mesmo tudo. Considerando que o grupo da antiga CP tem graves dificuldades financeiras esta é claramente uma forma de ajudar a minorar os problemas. O forrobódó dos gestores públicos continua. Para receberem chorudas indeminizações estão para as curvas, mas serem penalizados por actos de má gestão, para não falar de gestão danosa nem pensar nisso é bom!
A moralização e os sacrifícios bem podiam começar por políticos e gestores de empresas públicas. Fica a notícia transcrita com a devida vénia do "Jornal de Negócios"
Mas, cá vamos nós alegres e contentes neste país indecente...


Refer despede, indemniza e volta a contratar funcionário

A Refer despediu um responsável, em Junho de 2006, com uma indemnização de 210 mil euros e três meses depois foi contratado pela Rave, outra empresa do grupo, revela hoje o "Correio da Manhã".
Ana Torres Pereiraatp@mediafin.pt


A Refer despediu um responsável, em Junho de 2006, com uma indemnização de 210 mil euros e três meses depois foi contratado pela Rave, outra empresa do grupo, revela hoje o "Correio da Manhã". A situação, que o jornal diz estar a ser considerada um "escândalo" no grupo CP, que engloba a Refer e a Rave, foi confirmada ao "Correio da Manhã" por Rui Reis, porta-voz da Refer. Manuel Lopes Marques, ex-director-geral de exploração e conservação da Refer, empresa presidida por Luís Pardal, saiu a seu pedido em Junho de 2006, recebendo uma indemnização de 210 mil euros correspondentes a 35 anos de trabalho. Contudo, no último trimestre do ano passado foi contratado para assessor do conselho de administração da Rave-Rede Ferroviária de Alta Velocidade, que é presidida também por Luís Pardal, com um vencimento mensal de 5.050 euros. Rui Reis, porta-voz da Refer, considerou normal a transferência, referindo que Manuel Lopes Marques, 61 anos, era o único técnico exterior à Rave empresa que poderia dar uma assessoria técnica no projecto do TGV. A mesma fonte citada pelo jornal diz que no último trimestre do ano passado vários consultores deixaram o projecto do comboio de alta velocidade, pelo que houve necessidade de criar uma assessoria técnica. A Rave teve um resultado negativo de cerca de 22 mil euros em 2005 (último ano de que existem dados), enquanto a Refer fechou o ano passado com perdas de mais de 160 milhões de euros.

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